26 de março de 2018

Conversando sobre Contabilidade: Poderá a máquina substituir o Contador no futuro?

No espaço “Conversando sobre Contabilidade” do Programa Economia & Desenvolvimento desta semana (dia 25/3), o Contador Salézio Dagostim, Presidente da Aprocon Contábil-RS e da Confederação dos Profissionais Contábeis do Brasil – Aprocon Brasil, pondera se a máquina poderá substituir o Contador no futuro:

"Acreditamos que atividades rotineiras como executar a contabilidade dos agentes econômicos e sociais para extrair as informações econômicas, financeiras e patrimoniais, como apurar os tributos devidos para os governos federal, estadual e municipal e as obrigações trabalhistas e sociais, tal como afirmado na pesquisa publicada recentemente pela Revista Veja, poderiam vir a ser executadas pelas novas tecnologias de informação num futuro não muito distante, por máquinas, robôs ou até pela inteligência artificial, de forma que as pessoas jurídicas não precisariam mais do trabalho direto destes profissionais no que se refere a estas atividades.

Contudo, o Contador, além destas atividades, é o profissional responsável por validar as demonstrações contábeis, por executar auditorias e perícias e por assessorar outros profissionais nos assuntos que envolvem a Contabilidade, e, também, o responsável por manter a saúde das pessoas jurídicas, estudando o comportamento e as variações patrimoniais para sugerir ações aos gestores a fim de que elas funcionem bem.

Acontece que a máquina não pensa, mas executa tarefas previamente programadas. Sendo assim, funções próprias e privativas do Contador como as citadas acima, que envolvem interpretar as informações contábeis para que as pessoas jurídicas funcionem sem problemas, gerando emprego e renda e mantendo a estabilidade social, não podem, nem poderão no futuro, ser executadas por máquinas. São funções que envolvem um conhecimento acadêmico de grande complexidade e a aplicação deste conhecimento na prática, considerando a legislação vigente e todas as variáveis de um mercado extremamente competitivo e que tende a se tornar cada vez mais complexo e segmentado."

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